Coveiros! Corona vírus causa caos na saúde, mas Mendes e Emanuel fazem joguinho de acusações

Cuiabá tem o comércio aberto desde maio, Várzea Grande nunca chegou a fazer isolamento e Mauro jamais pautou a quarentena para além das escolas

Emanuel Pinheiro e Mauro Mendes fazem joguinho de acusações e a saúde colapsa
Marcos Vergueiro/Folha 360

Pode colocar na conta de Emanuel Pinheiro, Lucimar Campos e Mauro Mendes o caos na saúde e as centenas de óbitos na região de Cuiabá. Claro, não podemos esquecer do presidente Jair Bolsonaro, com seu criminoso desestímulo à prevenção e ao isolamento social. Isso mesmo, os coveiros modernos vestem terno e gravata. Ao invés da foice, Dona Morte segura a caneta do decreto oficial. 

Pinheiro, Campos e Mendes podiam evitar a situação, mas optaram em atender os desejos de comerciantes e empresários. A vida foi jogada em segundo plano.

Há meses cientistas e órgãos de saúde recomendavam cumprir o isolamento social, salvo os serviços essenciais — o poder público tinha a tarefa de dar as condições. Contudo, Cuiabá tem o comércio aberto desde maio, Várzea Grande nunca chegou a fazer isolamento e Mauro jamais pautou a quarentena para além das escolas.

Faltam remédios, UTI’s e filas se formam nos hospitais. Apesar da situação de colapso, o prefeito de Cuiabá duela com o judiciário para impedir o lockdown, age como advogado dos homens de negócios. O confinamento poderia salvar centenas de pessoas. Quanto vale a vida?

É canalhice em meio à crise sanitária fazer joguinho de capital versus interior. Primeiro porque o SUS é sistema federal, e não cuiabano. Segundo, porque o exemplo da capital é referência para todos demais municípios. A vida de um cuiabano tem tanto valor como a de qualquer outro ser humano. Parece birra de criança, “não fecho se ele também não fechar”, enquanto isso, Mato Grosso chega a 500 mortes por Covid-19.

Nessa história, ao menos uma questão fica evidente, no capitalismo os governantes são apenas marionetes de uma elite mesquinha e gananciosa.

Comentários