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"DE MALUQUINHOS A EMBURRECIDINHOS" Professor Roberto Boaventura analisa o “emburrecimento endêmico”

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Neste artigo eu ainda poderia falar da greve das federais de ensino superior; afinal, o movimento continua forte e o governo Dilma/PT insiste em não dialogar. Somado a isso, alhures, como na UnB, há sindicalistas pelegos golpeando a categoria. Em outros (Federal da Bahia), os professores retiraram de cena uma diretoria pelega. A efervescência é geral. Todavia, hoje, apresentarei outras preocupações. Começo destacando a entrevista ( leia aqui ) que Ziraldo – escritor que se especializou para contemplar nossos “meninos maluquinhos” – concedeu para o Uol Notícias, de 14/08. Sob o título “Muitos pais não percebem, mas seus filhos se tornaram idiotas”, afirmação daquele escritor durante a entrevista, o jornalista Guilherme Solari construiu importante matéria, da qual destaco a ênfase dada por Ziraldo ao processo de “emburrecimento endêmico da sociedade”. Claro que Ziraldo não disse novidade. Particularmente, eu também já falei a respeito e, sempre que posso, reafirmo. Em geral, minhas refle

"UNIVERSIDADE E A TÁBUA DE SALVAÇÃO" Professor Roberto Boaventura analisa a política de cotas nas universidades

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Na busca por um título a este artigo, tudo parecia já dito; afinal, preciso falar outra vez das cotas no ensino superior federal. A expressão “tábua de salvação” vincula-se primariamente ao discurso religioso; o que não impede seu uso em outras circunstâncias. Diante da dificuldade de sintetizar esse momento num título por si abrangente, essa expressão caiu como luva. A instituição “Universidade”, no Brasil, virou “tábua de salvação” social, ainda que falsa “tábua”; ou seja, é para a Universidade que ficou a tarefa de descascar o imenso abacaxi da desigualdade. E a Universidade – cada vez mais sem autonomia e minimizando por dentro a importância do mérito – tem engolido ordens e desordens da politicagem brasileira. Dessa vez, o Senado acaba de aprovar as “cotas sociais” nas federais, mas vinculadas às raças; essas já aprovadas no STF. Agora, 50% das vagas estão “limpinhas” e reservadas aos alunos do ensino privado. A outra metade deve ser disputada a tapas e a tiros por alunos do ensin