Manifestação foi até a Assembleia cobrar votação de Lei que revoga as OSS's
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Antonio Azambuja e Xisto Bueno tentam explicar enrolação para votação de lei popular contra a privatização |
Desde o final do ano passado o projeto foi entregue à Assembleia, com mais de 30 mil assinaturas, mas a "casa de leis" tem ignorado a lei de iniciativa popular, que nem para discussões em plenário foi encaminhado.
Ao chegar à Assembleia Legislativa os manifestantes foram direto para a sala da presidência, cobrar satisfação. Ainda em 2012 o presidente da Assembleia deputado Riva (agora cassado de suas funções) havia garantido que o Projeto de Lei de iniciativa popular seria votado pela casa.
Depois de muita pressão uma comissão formada pelo deputado Antonio Azambuja (PP), integrante da comissão de saúde e Xisto Bueno, Consultor Técnico da Mesa Diretora na Assembleia Legislativa se reuniu com os manifestantes. O resultado? Muita enrolação e nada de muito concreto.
É evidente que temendo uma gigantesca manifestação popular no dia da votação pela revogação das OSS’s, nenhum deputado quer garantir a tramitação do projeto e por isso a Assembleia faz o possível para postergar o debate.
Xisto pediu calma para os trabalhadores que compunham o protesto e disse que todos devem trabalhar juntos. A desculpa pela demora na votação do projeto popular foi: "tem que ter paciência, pois as coisas são burocráticas". No entanto, para aprovar a OSS não houve burocracia alguma, foi tudo muito rápido. O governador Silval Barbosa (PMDB) enviou mensagem para a Assembleia, que em pouco mais de um mês já tinha votado e aprovado a OSS, sem consultar o Conselho de Saúde e ouvir a população e suas entidades de classe.
Enquanto a Assembleia Legislativa e seus deputados tentam enrolar a votação do Projeto de Lei de iniciativa popular, as OSS’s seguem atuando nas instituições de saúde pública em Mato Grosso, lucrando milhões e não resolvendo o problema da saúde, prova disso é o Hospital e Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande, gerido por uma OSS, mas que não consegue atender a demanda.
O problema da saúde pública é de mais investimentos na construção de leitos, contratação via concurso de mais servidores, compra de equipamentos e salários dignos aos trabalhadores, não é um problema de gestão pública ou privada, como tenta falsificar Silval Barbosa e seus deputados.
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