Congresso americano discute lei anti-armas e Obama aparece com arma na mão. Algumas considerações
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Obama com a arma na mão (Foto: Pete Souza/Reuters) |
Os argumentos dos congressistas americanos para uma lei anti-armamento são de que a proibição na venda e posse combateria as frequentes chacinas cometidas, geralmente por jovens que entram em escolas atirando.
Algumas considerações sobre o assunto se fazem necessário. Uma lei proibindo a venda-posse de armas não desarmaria os bandidos, criminosos e muito menos a burguesia, desarmaria os trabalhadores.
É por isso que, por mais contraditório que possa ser, o congresso americano discute a lei anti-armamento mas Obama aparece com a arma brincando.
Enquanto existir o capitalismo os bandidos sempre terão em sua posse as mais potentes armas, sendo proibido ou não a venda. A burguesia e parte da classe média também, afinal, a lei raramente vale para a classe dominante - todo burguês tem arma em casa ou possui capangas armados para sua segurança privada.
Para os capitalistas é sempre perigoso as armas nas mãos dos trabalhadores. Por mais estável que possa estar uma economia, a burguesia tem pavor de um possível levante popular contra o seu poder.
Veja o Brasil, onde é proibido a utilização livre de armas, mas a bandidagem continua e muito bem armada e os burgueses muito bem protegidos por seguranças particulares. Já os trabalhadores não, esses não podem mais possuir armas.
É preciso entender que as catástrofes e chacinas estão mais ligadas ao caráter degenerativo do sistema capitalista do que a venda legal de armamentos. Com a crise econômica e estrutural do capitalismo, a burguesia não consegue mais sustentar os valores políticos morais que ela mesmo espalhou pelo mundo. Liberdade, igualdade e fraternidade são conceitos cada vez mais distantes da vida cotidiana.
A sociedade patriarcal burguesa se tornou incapaz de manter as mínimas relações humanas e joga o mundo para a barbárie e caos. Filhos matam os pais, chacinas, guerras, genocídio dos pobres nas periferias, epidemias que seriam facilmente combatidas mas dizimam milhões, etc.
A sociedade precisa de novos conceitos, novas ideologias e relações mais humanas. Marx e Engels diziam que a ideologia de uma sociedade é sempre a ideologia de sua classe dominante, estavam certos.
A ideologia burguesa se esfacela, então, que os trabalhadores construam a nova sociedade, onde não exista mais a exploração do homem pelo homem e segurança não seja mais um assunto de polícia, mas a realidade para as pessoas. No qual a paz não seja somente tema de orações em igrejas, mas a vida cotidiana de homens e mulheres.
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