Governo Dilma paralisa negociações com professores universitários em greve e estudantes preparam manifestações nesta 4ª-feira. Confira o comunicado
A GREVE CONTINUA!
Construir o 08 de agosto para obter vitórias nas universidades e escolas!
A greve da educação já completa dois meses e meio de muita luta contra a intransigência do governo e seu desinteresse em apresentar propostas concretas para as categorias, o que mostra seu compromisso com um projeto econômico a serviço dos grandes empresários e banqueiros, em detrimento das áreas sociais, como saúde e educação.
E isso ficou evidenciado na última reunião com o ANDES e o SINASEFE, quando apontou o fim das negociações com uma proposta que não atendia as principais reivindicações dos grevistas. Tanto é assim que somente o PROIFES, entidade ligada ao governo e com pouca representação nas universidades, assinou a proposta, que mesmo assim foi rejeitada nas suas próprias bases, como a UFBA e UFG, que ainda sinalizaram indicativo de desfiliação.
O governo tratou da mesma forma os estudantes na mesa de negociação do último dia 31, quando tentou nos enrolar apresentando propostas abstratas, como o SIMEC, cujo único objetivo é verificar o cumprimento das metas do REUNI. No final, os representantes do governo abandonaram a reunião se negando a marcar uma nova rodada de negociação.
Diante desse cenário de tentativa de desmobilização de nosso movimento, é hora de cercamos o governo por todos os lados com muitas ações radicalizadas nas bases com os professores e os servidores em luta. É fundamental que em cada Instituição de Ensino construamos uma pauta de reivindicações específicas dos estudantes, professores e servidores para pressionar as reitorias e também o governo Dilma a reabrir as negociações. Por isso, apontamos que no dia 8 de agosto realizemos atos nas reitorias, com o intuito de exigir negociações das pautas locais.
Já há muitos exemplos do caminho a seguir: na UFRJ, os estudantes ocuparam o Canecão, construindo um grande fato politico que pressiona a cada dia as negociações locais; na UNB, os estudantes ficaram ocupados por cinco dias na reitoria e conseguiram o fim da contrapartida de 12 horas de trabalho para o recebimento da bolsa permanência; no Colégio Pedro II, os secundaristas ocuparam a sala da direção por melhor infra-estrutura e democracia; em Juiz de Fora, universitários e secundaristas fazem uma grande luta contra o aumento da tarifa do transporte coletivo.
Ir às ruas para conseguir mais apoio popular
Outra tarefa importante agora é, mais do que nunca, ampliar o diálogo com a população, que sente na pele as mazelas das políticas governamentais, tanto na educação, quanto na saúde, segurança, moradia, etc. Portanto, orientamos que os comandos locais preparem no próximo dia 07 (terça-feira) panfletagens em locais de grande concentração nas cidades. Enviaremos para os comandos locais um modelo de panfleto com as pautas nacionais na frente e o verso livre para se escrever as demandas locais.
Comentários
Postar um comentário