Falta de medicamentos, equipamentos, profissionais e sucateamento das unidades de saúde leva 700 médicos decretarem greve em Cuiabá
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Policlínica lotada e sem médicos: cena que vem se repetindo ultimamente em Cuiabá (Foto: Chico Ferreira) |
Segundo a presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Elza Queiroz, a falta de medicamentos, segurança, sucateamento das unidades e equipamentos, e ainda a ausência de profissionais motivou a categoria anunciar a greve, que seguirá por tempo indeterminado. A paralisação foi deliberada durante assembleia realizada na noite de terça-feira (31 de julho) e agrava ainda mais a situação da saúde pública, já que o Pronto-Socorro de Várzea Grande também segue com as atividades paralisadas.
Prefeitura não higieniza unidades de saúde
Além da precariedade estrutural, médicos anunciaram que, frequentemente, insetos são encontrados nas
dependências das unidades públicas de saúde localizadas nos bairros da Capital. “A população divide espaço com baratas, pois há anos não é realizado procedimento de dedetização nas unidades”.
Faltam equipamentos
Outro apontamento feito pela sindicalista foi sobre a realização de exames médicos. Com a ausência de equipamentos adequados, gestantes deixam de realizar ultrassonografias, por exemplo. “O atendimento é feito no primeiro mês de gestação e há casos em que a mulher dá a luz e não consegue sequer fazer o primeiro exame solicitado pelo profissional”. Raio-x e materiais para coleta de sangue são outros serviços do cotidiano médico, mas que não são realizados devido a precariedade do sistema.
O secretário municipal de Saúde, Lamartine Godoy Neto, assim como o prefeito Chico Galindo (PTB) ainda não apresentaram nenhuma proposta de negociação, ignorando os problemas.
Fonte: Lisânia Ghisi / Jornal A Gazeta
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