Estudantes, técnicos e professores acampam na UFMT para reforçar greve e luta em defesa da educação pública

Foto: Chico Ferreira
Servidores técnicos, professores e estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estão acampados em frente a unidade de ensino desde a manhã desta terça-feira (31) e devem permanecer no local até amanhã (2 de agosto). O movimento faz parte das ações referentes ao movimento de greve iniciado em maio deste ano pelos docentes do país. Segundo o membro do Comando Local de Greve, Robson Andrade, a iniciativa pelo acampamento surgiu após o governo federal anunciar que as negociações com a classe técnica só serão feitas a partir do dia 13 de agosto. “O primeiro prazo para apresentação de proposta à classe foi até a data de ontem. Devido a essa mudança, a orientação do Comando Nacional de Greve foi de que as regionais engrossassem o movimento de paralisação com novas ações”.

A expectativa é que diariamente cerca de 200 pessoas participem do movimento. No local, os grevistas estão realizando discussões e atividades culturais. O acampamento também está aberto para a comunidade.
Entre as principais reivindicações está a ampliação do piso salarial para R$ 1,8 mil. Atualmente, os técnicos recebem cerca de R$ 1.034, sendo considerado o salário com menor valor entre a carreira de técnicos administrativos federais. A classe também está reivindicando a revitalização de cargos, o cumprimento do acordo firmado com o governo federal em 2007 e a reestruturação da carreira.

Estudante do 7º semestre de Serviço Social, Edzar Allen, reforça que o movimento de paralisação vai além das discussões salariais. Segundo ele, a despreocupação do governo tem dado rumo ao sucateamento das
instituições de ensino. Assim como professores e técnicos, os estudantes também reivindicam melhorias na universidade.

Fonte: Lisânia Ghisi / Jornal A Gazeta
01/08/2012

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