Assembleia geral unificada reúne professores, técnicos e estudantes na UFMT em defesa da greve e de uma educação pública, gratuita e de qualidade


Professores e técnicos lamentaram o estágio avançado de privatização na universidade no que se refere ao quadro de funcionários. "Os técnicos estão em greve, mas às vezes nem parece, pois vários departamentos continuam funcionando com os funcionários terceirizados" lembrou um professor de medicina.

A greve dos técnicos via Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), começou dia 11 de julho como greve nacional, no entanto, em várias universidades a greve já vinha ocorrendo.

Os técnicos explicaram que um dos motivos da greve é a luta contra o modelo de gestão da universidade e contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que pretende reduzir os hospitais Universitários a mero prestador de serviços, perdendo a característica acadêmica.

"Primeiro o governo propôs a empresa estatal de direito privado, e conseguimos barrar no senado, agora o governo vem com esse novo ataque" destacou uma diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (SINTUF/MT).

Tanto professores quanto alunos lembraram-se das consequências que a universidade vem sofrendo por conta da aplicação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

"O sucateamento avançou, estamos com salas mais cheias, falta livros na biblioteca, instrumentos técnicos nos laboratórios e falta professores, porque o Reuni aumentou o número de alunos, mas pouco investiu para aumentar a estrutura na mesma proporção" explicou um professor, membro do comando local de greve dos professores.

Apesar do tumulto causado por integrantes da atual gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a assembleia aprovou a unificação das três categorias na luta em defesa da educação pública durante a greve.

Veja fotos da assembleia (Fotos de Mariana Freitas/ADUFMAT)

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