Prefeito Tião da Zaeli ignora reivindicações e médicos de Várzea Grande entram em greve

350 médicos entram de greve e prefeito Tião da Zaeli segue negando as reivindicações
Médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, decidiram entrar em greve a partir do dia 11 deste mês.

Os médicos sofreram redução de salário devido a extinção da verba indenizatória e reivindicam o retorno do benefício, melhores condições de trabalho, ajustes no piso salarial, pagamento de 1/3 de férias e mais estrutura para o Pronto-socorro (PS) de Várzea Grande.

Na semana passada mais um escândalo foi notícias nos jornais. Uma criança com suspeita de meningite morreu por falta de vagas no PS. Leticia Gabriela precisa de uma vaga na UTI, não foi atendida, teve que ser transferida para Cáceres, cidade do iterior de Mato Grosso, e faleceu no último sábado por conta do atendimento ter demorado muito para acontecer. Segundo relato de pacientes e funcionários, falta até máscaras protetoras e pacientes são frequantemente atendidos nos corredores.

Segundo a presidente do Sindmed, Elza Queiroz, Várza Grande tem um défict de 500 leitois médicos, sendo urgente a construção de um novo hospital para a cidade.

Os trabalhadores da saúde lutam contra a política do prefeito Sebastião dos Reis Gonçalves, o Tião da Zaeli (PSD), que, através da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, não  cumpre os acordos firmados com a categoria.

Organizado pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed), a deliberação pela greve ocorreu em assembleia geral no PS de Várzea Grande, na noite de segunda-feira (4). Um protesto acontecerá na próxima segunda em frente ao PS, como marco inicial da greve.

Há mais de 7 meses a categoria tenta negociar um acordo com a prefeitura, através do secretário de saúde Marcos José da Silva, mas as reivindicações não foram atendidas.

Ao todo, 350 médicos atendem pelo SUS no Pronto-socorro, policlínicas e Postos de Saúde da Família (PSF). Eles cruzarão os braços como forma de luta pela melhoria da saúde pública.

Para evitar uma catástrofe ainda maior, 30% dos atendimentos serão mantidos e os casos mais urgentes transferidos para o Pronto-socorro de Cuiabá, que já sofre com super lotação e falta de estrutura.
     
Importante ressaltar que o sofrimento que a população passará por falta de atendimento médico é culpa direta do descaso do prefeito Tião da Zaeli com a saúde pública.

Fábio Ramirez

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