"Universidade-shopping". Instituições privadas de ensino superior espalham-se pelos shopping centers
A ‘moda’ agora é universidade-shopping. Isso mesmo, as universidades privadas vêm se espalhando nos shopping centers. Só na região metropolitana do Rio já existem pelo menos nove instituições do tipo. Em São Paulo a a Uni-Sant’Anna tem uma campus no Shopping Aricanduva (zona leste), a Unicapital está instalada no Shopping Capital (Mooca), além de outras faculdades privadas que estão em implantação em centros comerciais de SP.
A educação parece estar virando mesmo um ‘negócio da China’ e agora se mistura com as grifes dos shopping centers. Já existem universidades assim por todo o país, como a UNIC em Cuiabá/MT, que funiciona dentro do Shopping Pantanal.
A Faculdade Interamericana de Porto Velho funciona no shopping da capital de Rondônia. A Faculdade Pitágoras tem instalação dentro do Shopping Pátio, em Maceió/AL. A Universidade Estácio de Sá possui um campus dentro do Shopping Norte, em Belo Horizonte/MG. Os exemplos são muitos por todo Brasil.
No Rio Grande do Sul, a Universidade Federal de Pelotas - UFPel inaugurou um novo campus na região do Porto de Pelotas e ao lado da universidade foi erguido o Shopping Anglo. Um dos donos do shopping é a própria fundação de apoio que administra a universidade.
Os capitalistas tentam de toda forma lucrar cada vez mais com a educação, se beneficiam da falta de vagas e da destruição da universidade pública. O governo, que deveria impedir que universidades sem laboratórios, bibliotecas, pesquisa e estrutura funcionassem, acaba estimulando via financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES a expansão dessas instituições que somente visam o lucro.
O problema começa desde o congresso nacional, parte da bancada educacional, dona desses comércios de diplomas que o Ministério da Educação - MEC tem coragem de chamar de universidade, está dentro do governo Dilma, através do governo de coalizão.
Até as universidade públicas já sofrem com setores privatizados. Boa parte dos restaurantes universitários - RU já são administrados por grandes empresas do ramo alimentício, em algumas lugares as antigas cantinas estão sendo substituídas pelo Bob’s, McDonald’s, etc. As grandes livrarias já possuem pontos comerciais dentro das faculdades públicas, elas se aproveitam do sucateamento das bibliotecas para vender os livros que deveriam estar disponíveis de forma gratuita para o estudo.
É espantoso colocar uma universidade, que deveria ser ponto de fomento à pesquisa e à ciência, ao lado de vitrines de grifes como a Zoomp, Coca-Cola, Lacoste, etc.
A juventude precisa de mais universidades públicas, é preciso que a União Nacional dos Estudantes organize a luta para exigir do governo uma grande expansão da universidade federal, de modo que todos tenham direito a uma vaga sem precisar recorrer às universidades-shopping. Ou a educação em breve se tornará uma espécie de “Fast Food", ou melhor, um "Fast Learning", pague e emitimos em instantes seu diploma.
Fábio Ramirez
A educação parece estar virando mesmo um ‘negócio da China’ e agora se mistura com as grifes dos shopping centers. Já existem universidades assim por todo o país, como a UNIC em Cuiabá/MT, que funiciona dentro do Shopping Pantanal.
A Faculdade Interamericana de Porto Velho funciona no shopping da capital de Rondônia. A Faculdade Pitágoras tem instalação dentro do Shopping Pátio, em Maceió/AL. A Universidade Estácio de Sá possui um campus dentro do Shopping Norte, em Belo Horizonte/MG. Os exemplos são muitos por todo Brasil.
No Rio Grande do Sul, a Universidade Federal de Pelotas - UFPel inaugurou um novo campus na região do Porto de Pelotas e ao lado da universidade foi erguido o Shopping Anglo. Um dos donos do shopping é a própria fundação de apoio que administra a universidade.
Os capitalistas tentam de toda forma lucrar cada vez mais com a educação, se beneficiam da falta de vagas e da destruição da universidade pública. O governo, que deveria impedir que universidades sem laboratórios, bibliotecas, pesquisa e estrutura funcionassem, acaba estimulando via financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES a expansão dessas instituições que somente visam o lucro.
O problema começa desde o congresso nacional, parte da bancada educacional, dona desses comércios de diplomas que o Ministério da Educação - MEC tem coragem de chamar de universidade, está dentro do governo Dilma, através do governo de coalizão.
Até as universidade públicas já sofrem com setores privatizados. Boa parte dos restaurantes universitários - RU já são administrados por grandes empresas do ramo alimentício, em algumas lugares as antigas cantinas estão sendo substituídas pelo Bob’s, McDonald’s, etc. As grandes livrarias já possuem pontos comerciais dentro das faculdades públicas, elas se aproveitam do sucateamento das bibliotecas para vender os livros que deveriam estar disponíveis de forma gratuita para o estudo.
É espantoso colocar uma universidade, que deveria ser ponto de fomento à pesquisa e à ciência, ao lado de vitrines de grifes como a Zoomp, Coca-Cola, Lacoste, etc.
A juventude precisa de mais universidades públicas, é preciso que a União Nacional dos Estudantes organize a luta para exigir do governo uma grande expansão da universidade federal, de modo que todos tenham direito a uma vaga sem precisar recorrer às universidades-shopping. Ou a educação em breve se tornará uma espécie de “Fast Food", ou melhor, um "Fast Learning", pague e emitimos em instantes seu diploma.
Fábio Ramirez
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